Esporte

Tite admite erro ao levar taça a Lula e reforça: não repetirá festa

Tite foi o primeiro entrevistado do “Grande Círculo”, novo programa do SporTV que vai ao ar neste sábado, às 21h. Ao lado do apresentador Milton Leite, estiveram na mesa os ex-jogadores e comentaristas Casagrande e Muricy Ramalho, a jornalista Glenda Koslowski e os jornalistas Caco Barcellos, Marcelo Barreto e Mauro Naves.

Entre outros muitos assuntos, Tite foi questionado sobre a recente afirmação de que não comemoraria um título da seleção brasileira com o presidente da república. O técnico disse isso depois que Jair Bolsonaro levantou a taça de campeão brasileiro conquistada pelo seu time do coração, o Palmeiras.

Em 2012, então no Corinthians, Tite visitou Luiz Inácio Lula da Silva depois da conquista da Libertadores.

– Em 2012 eu errei. Ele não era presidente, mas fui ao Instituto e mandei felicitações por um aniversário. Não me posicionei politicamente. Não tenho partido político, tenho torcida para que o Brasil seja melhor em igualdade social. E que nossas prioridades sejam educação e punição. Que seja dada prioridade de estudo ao garoto de São Braz, que não tem chão batido para ir à escola, ou da periferia de Caixas ou do morro do Rio de Janeiro. E punição à corrupção, que mata mais que homicídio. Em 2012 eu fiz e errei. O protocolo e a situação gerada no jogo do Palmeiras é uma opinião pessoal. A instituição CBF e o Palmeiras absolutamente têm (direito). Errei lá atrás, não faria com o presidente antes da Copa e nem agora porque entendo que misturar esporte e política não é legal. Fiz errado lá atras? Sim. Faria de novo? Não – ponderou.

Lula segura a taça da Libertadores com Tite e dirigentes do Corinthians — Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula

De contrato renovado com a CBF para permanecer no comando da Seleção até a Copa do Mundo de 2022, no Catar, Tite falou sobre a dolorosa derrota para a Bélgica, nas quartas de final do último Mundial, e a preparação para tentar o título da Copa América, que será disputada entre 14 de junho e 7 de julho de 2019, no Brasil.

O treinador também respondeu sobre temas espinhosos, como homofobia e racismo no futebol, admitiu que deveria ter feito mudanças na equipe durante a Copa da Rússia e revelou que é alvo de inveja de algumas pessoas em Caxias do Sul, cidade onde nasceu e ainda mora parte de sua família.

– É o lugar onde tenho mais apoio das pessaos que me conhecem, mas também é onde tem mais inveja. A ponto de quando a Bélgica ganhou estourarem foguetes próximo (à casa de sua família) e ferirem a relação humana. Isso é desrespeito, é duro, é mal educado – lamentou.

O primeiro “Grande Círculo” será exibido neste sábado, às 21h, no SporTV.

Globo, via Sportv