Brasil

Se aprovada, Lei Amália Barros classificará portadores de visão monocular como deficientes

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A Lei Amália Barros, se aprovada, vai alterar o Estatuto da Pessoa com Deficiência e classificar a visão monocular como deficiência sensorial, possibilitando a oferta de prótese de olho pelo SUS.  O projeto de lei foi batizado em homenagem à jornalista Amália Barros, que luta pelos direitos dos deficientes monoculares desde os seus 20 anos, quando perdeu a visão do olho esquerdo.

Hoje com 34 anos, ela fala da importância da lei. “Eu acho um absurdo nós não sermos considerados deficientes. Fora isso ainda descobri que o governo brasileiro quando uma pessoa tem problema no olho o governo brasileiro ele paga cirurgia de retirada do olho Mas ele não paga prótese ele alega que é estético. E aí eu te pergunto como que a gente vai deixar uma pessoa sem olho? Não é estética, é muito mais do que estética”, afirmou Amália Barros.

O senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, é autor do projeto e, como deficiente monocular, ressalta a necessidade da aprovação desta lei. “A luta da Amália Barros me sensibilizou e me fez em inclusive olhar para mim mesmo e olhar para os iguais a nós que tem um olho só, da necessidade e da oportunidade de apresentar um projeto de lei como esse”, disse o senador.

O projeto será analisado pelas Comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa, / de Constituição, Justiça e Cidadania / e de Assuntos Sociais.

Por Tiago Medeiros e Poliana Fontenele – Agência Senado