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Comarca de Marcelino Vieira promove concurso escolar para debater violência contra mulher

A comarca de Marcelino Vieira realizou na manhã desta quarta-feira (21), no Fórum Municipal Desembargador José Vieira, a cerimônia de premiação do 1º Concurso de Redação e Desenho, com o tema “Viver sem violência é um direito da mulher! Como a Escola pode contribuir para ajudar a reduzir as diversas formas de violência contra as mulheres?”.

O concurso faz parte da programação da 14ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa e é uma iniciativa é do juiz Emanuel Telino Monteiro e do promotor de justiça Daniel de Melo Lima, ambos em atuação na comarca. O concurso foi direcionado aos estudantes das escolas públicas da comarca e tem por objetivo despertar neles o interesse pelos temas relacionada à violência contra a mulher.

De acordo com a organização, a iniciativa visa cumprir as diretrizes impostas pela Lei Maria da Penha, dando destaque aos currículos escolares relacionados a direitos humanos e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher, incentivando a mudança de comportamento e buscando estratégias para concretizar a igualdade.

Por que Marcelino Vieira e Tenente Ananias [cidades que compõem a comarca] vivem essa epidemia de violência contra a mulher? O que acontece? Como é que nós podemos mudar esse quadro? Esse concurso visa mudar essa realidade. A solução passa por todos nós. Temos aqui excelentes estudantes e acho que eles são a chave para que a gente possa mudar nosso futuro”, disse o juiz Emanuel Monteiro aos estudantes, durante a cerimônia de premiação.

A escola é um veículo para trabalhar e mudar a sociedade. Por que não dizer que a questão da agressão à mulher é também uma agressão à criança? Pois eles são os que mais sofrem. Então precisamos realmente trabalhar essas questões na escola para que a gente mude o nosso contexto, o contexto da nossa cidade e o contexto social”, ressaltou a secretária municipal de Educação de Marcelino Vieira, Norma Lúcia Carneiro.

A professora Meire Carneiro relatou que, durante roda de conversa realizada com seus alunos para explicar a história de Maria da Penha e o porque da criação da lei, foi possível sentir e escutar histórias de violência que as crianças presenciam em casa. “Eu nem sabia de algumas histórias e isso chega para a gente como professora. Foi um momento de muita conversa, de muito diálogo e eles tentaram reproduzir isso através de desenhos. Para alguns da turma, não só o desenho bastou, eles ainda tiveram que escrever alguma coisa”.

Premiados