Brasil

10% da população concentram 43,1% da massa de rendimentos do país

O Índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que varia de zero (igualdade) até um (desigualdade máxima), foi estimado em 0,545 em 2018. Entre 2012 e 2015 houve uma tendência de redução (de 0,540 para 0,524), que foi revertida a partir de 2016, quando o índice aumentou para 0,537, chegando a 0,545 em 2018.

Quando calculado para o rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos, o Índice de Gini foi de 0,508 em 2012, caindo até 0,494 em 2015 e voltando a subir até 0,509 em 2018.

Em 2018, o rendimento médio mensal real do 1% da população com maiores rendimentos era de R$ 27.744, o que corresponde a 33,8 vezes o rendimento dos 50% da população com os menores rendimentos (R$ 820).

Essas e outras informações fazem parte do módulo Rendimento de Todas as Fontes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. O material de apoio da divulgação está à direita desta página.

A pesquisa também mostrou que a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que era de R$ 264,9 bilhões em 2017, cresceu para R$ 277,7 bilhões em 2018. Os 10% da população com os menores rendimentos detinham 0,8% da massa, enquanto que os 10% com os maiores rendimentos concentravam 43,1%.

O rendimento médio real de todas as fontes teve crescimento de cerca de 5,1% de 2012 (R$ 2.072) a 2014 (R$ 2.177), depois caiu 3,1% em 2015 (R$ 2.110). Em 2016 e 2017, manteve relativa estabilidade e, em 2018, subiu 2,8%, para R$ 2.166.

O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência), que era de R$ 2.133 em 2012, chegou a R$ 2.279 em 2014 , caindo 4,1% em 2015 e mantendo-se quase estável nos dois anos seguintes, para depois chegar a R$ 2.234 em 2018. Em relação a 2012, o indicador de 2018 representou crescimento real de 4,7%.

A massa de rendimento mensal real de todos os trabalhos da população ocupada era em 2018, de aproximadamente R$ 201,3 bilhões, 9,5% acima do valor registrado em 2012.

De 2012 (R$ 1.390) a 2015 (R$ 1.416) o rendimento médio mensal real proveniente de outras fontes (aposentadorias, pensões, alugueis, programas de transferência de renda etc.) acumulou ganho de 1,9%. Em 2016 (R$ 1.400) registrou perda de 1,1%, que foi revertida nos dois anos seguintes – com expansão de 2,4% e 3,2%, respectivamente – atingindo valor médio de R$ 1.479 em 2018. Regionalmente, o Nordeste (R$ 971) registrou a menor média, enquanto o Sudeste (R$ 1.839), a maior em 2018.

No Brasil, em 2018, entre as categorias que compõem o rendimento de outras fontes, a aposentadoria ou pensão foi o item de maior valor médio (R$ 1.872), destacando-se o Centro-Oeste com o maior valor (R$ 2.191) e o Nordeste, com o menor (R$ 1.473). O crescimento dessa categoria de rendimento entre 2017 e 2018 foi de 3,3% e, em relação a 2012, de 7,3%.

O percentual de domicílios atendidos pelo Bolsa Família caiu de 15,9% em 2012 para 13,7% em 2018.