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PF mira quadrilha que fraudava o auxílio emergencial

Policiais cumprem mandado de busca e apreensão em São Paulo. Foto: Divulgação / PRF

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca ontem em endereços de São Paulo e Santa Catarina, para investigar uma organização criminosa que invadiu 465 contas da Caixa Econômica Federal e desviou valores do auxílio emergencial com 519 transações fraudulentas, entre elas 508 saques.

Os investigadores apontam que a ação dos fraudadores contra a aposta de R$ 40 bilhões do governo Jair Bolsonaro para tentar a reeleição causou um prejuízo de cerca de R$ 500 mil.


A ofensiva foi batizada Operação Money Leak e fez diligências nas cidades de Ribeirão Pires (SP) e Florianópolis por ordem da 9ª Vara Federal de Campinas, interior paulista. De acordo com a Polícia Federal, o nome da operação, traduzida do inglês como ‘vazamento de dinheiro’, faz referência ‘às saídas ilícitas de recursos do auxílio emergencial por meio de crimes cibernéticos’.

Os desvios sob suspeita ocorreram entre 23 de maio e 16 de junho de 2020. Segundo a PF, a maioria dos saques efetuados pela organização criminosa se deu na região metropolitana de Campinas, no interior paulista.


Além disso, foram identificadas, entre as operações fraudadas: o pagamento de boleto bancário, oito transações por comércio eletrônico e duas transferências para contas da Caixa. A Polícia indica que os investigados podem responder por supostos crimes de furto mediante fraude e formação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 16 anos de prisão.


Os materiais apreendidos nas diligências executadas ontem serão encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Campinas, para que sejam apuradas todas as fraudes praticadas pelo grupo sob suspeita, além de identificados outros possíveis envolvidos nos crimes.


Segue a nota divulgada pela Caixa Economia Federal:

A Caixa informa que atua conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem a fraude. 


O banco ressalta ainda que monitora seus produtos e serviços na identificação e investigação de casos suspeitos e na prevenção a fraudes e golpes. Todas as informações de suspeitas de fraudes são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal, para análise e investigação.

Tribuna do Norte