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França e Marrocos em duelo histórico nesta quarta (14)

Giroud chegou à Copa do Mundo do Catar sob críticas e dúvidas. Foto: Fifa

Marrocos, a maior surpresa da Copa do Mundo do Catar entra no caminho da França, que busca pela segunda vez seguida alcançar o direito de disputar uma final de Mundial. Franceses e marroquinos farão nesta quarta-feira, 14 de dezembro, a segunda semifinal da Copa de 2022. O duelo terá como cenário o estádio Al Bayt. O início está previsto para 16h (horário de Brasília).

Em caso de igualdade no tempo normal, o regulamento estabelece a realização de prorrogação com duração de 30 minutos. Se ainda assim não houver ganhador, a disputa por pênaltis é o recurso final para determinar quem fará a final no próximo domingo, 18 de dezembro. O perdedor, contudo, ainda não voltará para a casa. No sábado, 17 de dezembro, disputará partida valendo a terceira colocação da Copa do Mundo do Catar.


Os franceses são franco favoritos pelo time e por talentos como Mbappé e Giroud. O centro-avante renasceu das cinzas. E tudo foi decidido por uma lesão inesperada. Sem a contusão que deixou Karim Benzema de fora da Copa do Mundo, será que Olivier Giroud teria brilhado no Qatar? O atacante do Milan estava longe de ser indispensável para a seleção francesa desde a Eurocopa de 2020, mas o técnico Didier Deschamps a ele se agarrou com unhas e dentes, e agora o camisa 9 se impôs como a referência do ataque da França. O FIFA+ conta a história desse renascimento.

Desde o retorno de Benzema à equipe nacional, Olivier Giroud parecia ser não mais que uma opção ou um “reservista” no espírito de Deschamps. O ex-atacante do Montpellier deve as últimas partidas com o uniforme da França às contusões do jogador do Real Madrid, mas ele sempre compareceu quando contavam com ele – a ponto de ter marcado quatro gols antes da Copa do Mundo, contra Costa do Marfim, África do Sul e Áustria. Apesar disso, a ida dele ao torneio no Oriente Médio não estava assegurada. Giroud só se integrou ao grupo de última hora, quando foi confirmada a lesão muscular do seu colega merengue.


Pivô do equilíbrio
Campeão italiano com o Milan em 2021/22, decisivo na Série A e na Liga dos Campeões da UEFA, Giroud ascendeu no clube italiano ao longo da temporada e foi quase naturalmente que ele voltou a vestir a camisa da França para viajar ao Qatar. “Estarei 200% para ajudar a equipe e fazer o meu trabalho dentro de campo”, afirmou ele na primeira entrevista coletiva em Doha. “O meu papel é claro com o treinador. Quando ele precisar de mim, vou tentar contribuir para a equipe, como sempre fiz. Mas é claro que, aos 36 anos, me sentir assim [em boa forma] é um verdadeiro presente.”


Ele também fez o papel de salvador da pátria na estreia contra a Austrália, marcando dois gols para impedir que a França começasse com um tropeço (4×1). Desenhavam-se então os contornos do time: Giroud como ponta de lança, complementando a velocidade e a virtuosidade dos pontas Kylian Mbappé e Ousmane Dembélé sob a batuta de Antoine Griezmann no meio-campo. O pivô do equilíbrio da seleção francesa, que vinha de uma vitória em seis partidas antes do início da competição.


Para Giroud, individualmente, o torneio no Qatar representa também o fim de uma maldição que vinha desde a Copa do Mundo de 2018 (quando se despediu da Rússia sem nenhum gol marcado), evocando as boas lembranças de Stéphane Guivarc’h em 1998. O atacante assumiu integralmente o papel de “irmão mais velho” no seio do elenco e deslanchou. Nas oitavas de final, ele assinalou contra a Polônia o gol que o transformou no maior artilheiro da história dos “Bleus”, superando os 52 de Thierry Henry. “Esse recorde me lembra de todos os anos que se passaram”, comentou ele após a partida. “Onze anos de seleção, com momentos altos, altíssimos, e momentos um pouco mais baixos.”


Giroud nunca desistiu e hoje se firma como uma das principais armas ofensivas da França na Copa do Mundo.

Tribuna do Norte