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Pé-de-Meia: alunos recebem orientações sobre como investir

Além das parcelas recebidas após a conclusão de todos os anos do ensino médio, os alunos beneficiados pelo programa Pé-de-Meia recebem todos os meses R$ 200 de incentivo pela frequência nas aulas. Para que os estudantes tenham mais informações sobre o que o fazer com esse dinheiro, o Ministério da Educação (MEC) realizará ações para orientar como utilizar e investir os recursos.  

Entre as iniciativas, está a parceria com a especialista em gestão financeira e influenciadora Nath Finanças, reconhecida pelo trabalho com educação financeira para pessoas de baixa renda. Essa colaboração, que ocorrerá em uma série de 10 vídeos, é um esforço da pasta para apoiar os jovens brasileiros a se planejarem por meio da educação financeira. 

A série mostrará como o planejamento financeiro pode ser um instrumento importante para adolescentes e jovens participantes do programa. Os vídeos também apresentarão conceitos-chave e orientações que poderão ser utilizadas pelos alunos para garantir um futuro financeiro mais estável e saudável. 

Confira o primeiro episódio: 

Planejamento financeiro  Durante a série, Nath Finanças explica que o primeiro passo para começar o planejamento é definir metas e objetivos, de curto e longo prazo. O segundo passo é anotar rendimentos e gastos, sejam eles fixos, variáveis ou extras, em uma planilha, bloco de notas ou caderno. Em seguida, é preciso organizar as parcelas e os financiamentos, de modo a saber exatamente o que precisa pagar e quando. Por fim, é fundamental guardar dinheiro, mesmo que pouco, e ter uma reserva de emergência para imprevistos. 

Ter um planejamento financeiro é importante para entender para onde o dinheiro está indo no final do mês e para assegurar que dificuldades econômicas não existam no futuro. A educação financeira permite aos estudantes o desenvolvimento de competências e habilidades que os habilitam a gerenciar, investir e gastar conscientemente o seu dinheiro. Assim, o planejamento bem-feito possibilita que, mesmo dentro da realidade do estudante, seja possível cortar gastos desnecessários e ainda manter sonhos e objetivos. 

Na busca por dinheiro mais rápido e fácil, muitos jovens têm optado pelos jogos de apostas, que têm se tornado uma prática cada vez mais comum, acessível e atrativa. No entanto, existe uma clara diferença entre apostar e investir: enquanto investimentos envolvem a alocação de recursos em ativos financeiros – com o intuito de gerar retorno ao longo do tempo, baseados em análises detalhadas e dados econômicos –, os jogos são atividades de entretenimento, em que o resultado é, predominantemente, determinado pelo acaso, sem garantias de retorno financeiro. Portanto, aposta não é planejamento financeiro, nem investimento. É o letramento financeiro que vai ajudar cada estudante a fazer essa diferenciação, dando as ferramentas necessárias para que façam as escolhas mais acertadas.  

Benefício – Os participantes do Pé-de-Meia recebem parcelas por frequência, além de depósitos em poupança por cada ano concluído com aprovação, que podem somar até R$ 9.200 por aluno ao longo de todo o ensino médio. Os depósitos são feitos pelo MEC em uma conta aberta automaticamente pela Caixa Econômica Federal para os estudantes que cumprem os critérios do programa.   

Caso o adolescente seja menor de idade, para movimentar a conta, sacar o dinheiro ou utilizar o aplicativo Caixa Tem, é necessário que o responsável legal realize o consentimento e autorize seu uso. Esse consentimento pode ser feito pelo aplicativo ou em uma agência bancária da Caixa. Se o estudante tiver 18 anos ou mais, a conta já estará desbloqueada para utilização do valor recebido.   

Pé-de-Meia – Instituído pela Lei nº 14.818/2024, o Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público. O objetivo é democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de fomentar mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social. Os estados, o Distrito Federal e os municípios prestam as informações necessárias à execução do incentivo, possibilitando o seu acesso aos estudantes matriculados nas respectivas redes de ensino.