
Em 2024, o curso de Geografia do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN) completou 50 anos de existência. Em março, a graduação recebeu nota máxima (Conceito 5) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), uma autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
O processo de avaliação do MEC envolveu três dimensões instrumentais: Organização Didático-Pedagógica, Corpo Docente e Infraestrutura. Com isso, foi analisada a estrutura de espaços de convivência, laboratórios, biblioteca, auditórios e salas de aula. Os avaliadores conversaram e participaram de reuniões com estudantes e professores e a avaliaram ainda documentos importantes referentes ao curso. O resultado foi o reconhecimento da Licenciatura em Geografia por sua excelência, qualidade e competência, com a atribuição da nota máxima (nota 5).
Para Diego Salomão, docente do Departamento de Geografia (DGC/Ceres) e diretor do Centro, a integração da comunidade foi essencial para o resultado obtido na avaliação. “Nos últimos 15 anos, os docentes decidiram produzir muito e com a maior qualidade possível. Os servidores apoiam todas as ações planejadas, no sentido da plenitude do desenvolvimento acadêmico do curso. Foi fundamental a integração entre os professores, servidores técnicos e estudantes, no sentido da excelência acadêmica”, ressalta ele.
Durante os 50 anos de existência, o curso tem contribuído efetivamente com a formação de profissionais e com a produção de material científico para as diversas áreas do conhecimento teórico-metodológico da ciência geográfica. Por meio de laboratórios, projetos de extensão, eventos e atividades externas, a graduação trouxe uma mudança significativa não apenas à comunidade acadêmica, mas também ao Seridó, tornando-se referência na formação de corpo docente.
No quesito da organização didático-pedagógica, a licenciatura utiliza o ensino-aprendizagem como principal ferramenta, explorando as especificidades regionais e compreendendo as dinâmicas naturais, sociais, econômicas, políticas e culturais. “Nesta conjuntura, são consideradas diferentes escalas geográficas de análise e suas conexões e métodos de abordagem, tendo-se em vista a produção de conhecimentos por intermédio dos pensamentos objetivo, crítico e humanista, com foco no ensino-aprendizagem de Geografia”, declara Davi do Vale Lopes, coordenador do curso.
Atualmente, o corpo docente é composto por 15 professores efetivos, há 137 alunos vinculados ao Sigaa e a instituição possui oito laboratórios que integram as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Para Davi do Vale Lopes, a jornada realizada para a conquista do conceito 5 pelo INEP também é resultado de um trabalho construído em conjunto pelos cursos de Geografia Bacharelado e Licenciatura e pelos Programas de Pós-Graduação do Departamento de Geografia (DGC/Ceres) ao longo dos últimos 10 anos. “Os docentes se empenharam para aumentar a produção de material científico, com foco na qualidade e na expansão dos limites acadêmicos”, pontua. Ele acrescenta que, com o apoio dos servidores e dos próprios estudantes, o curso de Geografia do Ceres pôde contribuir de maneira significativa para o fortalecimento dos pilares da educação: Ensino, Pesquisa e Extensão.
Para os estudantes, o impacto também é significativo, pois valida um ensino de qualidade e comprometido com a educação. Ao falar sobre o assunto, Adrianny Marx Freitas, estudante do 7º período, revela sua opinião sobre os aspectos que contribuíram para a avaliação. “A qualificação dos professores, a dedicação dos funcionários e discentes, a infraestrutura de qualidade, contando com laboratórios de diversas áreas da Geografia, a participação dos discentes em projetos de pesquisa e extensão, e a gestão super eficiente, em busca de melhorias. Essa avaliação impacta diretamente no meu ensino, pois é através dela que meu currículo será proveitoso”, ressalta.
A partir dessa avaliação, os docentes buscam manter o padrão de qualidade. “Procuraremos manter a excelência do curso, trabalhando nas nossas fragilidades e reforçando o que vem dando certo. Esse trabalho é essencialmente coletivo, envolvendo todos os agentes, como docentes, discentes, servidores técnicos, chefias de Departamento e Centro, além da comunidade externa”, ressalta Leandro Cavalcante, professor do DGC.