
Os bombeiros do Vaticano instalaram, nesta sexta-feira (2), a chaminé no telhado da Capela Sistina, que será usada para queimar as cédulas do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco.
O local está fechado para visitação desde o início da semana para os preparativos do conclave, que começará em 7 de maio, segundo o Vaticano. A escolha do novo líder da Igreja Católica deve ser feita por 133 cardeais votantes.
“Duas vezes por dia, de manhã (exceto em 7 de maio) e à noite, sairá fumaça da chaminé: preta se nenhum Papa tiver sido eleito e branca se pelo menos 89 cardeais tiverem concordado sobre quem irá liderar a Igreja Católica”, escreveu o Vaticano.
Como funciona o Conclave?
O Conclave é a reunião do Colégio de Cardeais, os mais altos dignitários da igreja, que tem como objetivo eleger o novo papa em uma votação secreta. Ele acontece na Capela Sistina, no Vaticano. A palavra que dá nome ao evento vem do latim, “cum clavis”, que significa “fechado à chave”.
Os cardeais ficam isolados do resto do mundo e não deixam o local no qual estão hospedados até que a votação seja concluída. Essa atitude é tomada para impedir que pressões externas interfiram no processo.
São necessários dois terços dos cardeais votem no mesmo candidato para que ele seja eleito. Ou seja, uma maioria simples não basta.
São feitas quatro votações ao longo do dia: duas de manhã e duas à noite. Os cardeais escrevem o nome selecionado em uma cédula. No final, as cédulas são queimadas e é usado um produto químico que muda a cor da fumaça de uma chaminé.
Se a fumaça sair preta, significa que um papa não foi eleito e que a seleção segue. Se for branca, o líder da igreja católica está oficialmente escolhido.
Quando o papa é eleito, o anúncio oficial é feito em uma sacada da Basílica de São Pedro, onde é proferida a frase: “Habemus papam” (temos papa). A ocasião costuma ser acompanhada por centenas de fiéis que lotam o Vaticano.