
O Brasil se despede de uma de suas maiores intérpretes: Nana Caymmi morre aos 84 anos. A cantora faleceu na quinta-feira (1º), após nove meses de internação na Clínica São José, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos decorrente de uma arritmia cardíaca.
O velório ocorrerá nesta sexta-feira (2), a partir das 8h30, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O enterro está marcado para as 14h no Cemitério São João Batista, também na capital fluminense. A cerimônia deve reunir familiares, amigos e fãs que desejam prestar as últimas homenagens à artista.
Nana Caymmi deixa legado inigualável na música brasileira
Nascida em 29 de abril de 1941, Nana era filha do lendário Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris. Desde cedo, mostrou talento e sensibilidade musical, estreando oficialmente em 1960 com a canção “Acalanto”. Ainda jovem, passou a apresentar programas na TV Tupi, consolidando sua presença no cenário musical da época.
Nana pausou sua carreira nos anos 1960 ao se casar com o médico Gilberto José Aponte Paoli, com quem teve duas filhas na Venezuela. No entanto, retomou a música nos anos 1970 e passou a colaborar com nomes como Marcos Valle, consolidando-se como uma das vozes mais emocionantes da MPB.
Seu álbum “Nana Caymmi Canta Tito Madi” (2019) recebeu aclamação da crítica, assim como “Nana, Tom, Vinicius” (2020), que contou com arranjos de seu irmão Dori Caymmi. A cantora sempre foi admirada por sua franqueza e sua interpretação carregada de sentimento.
Sua perda gera grande comoção. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Danilo Caymmi, irmão da cantora, afirmou que a família está profundamente abalada. “Ela passou nove meses de sofrimento. O Brasil perde uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o país já teve”, declarou.