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RN tem 37,6 mil pessoas diagnosticadas com autismo

O Rio Grande do Norte apresentou, em 2022, uma taxa de 1,1% da população diagnosticada com autismo, levemente inferior à média do Brasil (1,2%) e idêntica à do Nordeste. Em números absolutos, o estado registrou 37.625 pessoas com diagnóstico, com maior proporção entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,8%).

Entre os municípios potiguares, Natal destacou-se com a maior prevalência (1,4%), seguida de Mossoró, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante (todas com 1,3%). Os percentuais mais elevados entre os homens foram observados em Mossoró (1,9%) e Natal (1,8%), refletindo o padrão nacional de maior prevalência entre o sexo masculino.

Os dados por faixa etária no Rio Grande do Norte indicaram que a proporção de pessoas com diagnóstico de autismo foi mais elevada entre crianças e adolescentes, com destaque para meninos de 5 a 9 anos (4,2%) e de 0 a 4 anos (3,0%). Entre as meninas, os maiores percentuais também ocorreram nas idades iniciais, mas com valores significativamente mais baixos: 1,3% de 0 a 4 anos e 1,2% de 5 a 9 anos. A prevalência tendeu a diminuir com o avanço da idade em ambos os sexos, mantendo-se abaixo de 1% a partir dos 20 anos.

No Rio Grande do Norte, a distribuição da população com diagnóstico de autismo por cor ou raça demonstrou variações relevantes. A maioria das pessoas autistas se identificou como parda (17.963), representando 1,1% dessa população, seguida pelos brancos (16.622), com a maior taxa proporcional (1,3%). Indivíduos indígenas apresentaram a maior prevalência proporcional (1,8%), ainda que em menor número absoluto (173). Pessoas pretas somaram 2.838 (0,9%) e as de cor amarela totalizaram apenas 28 casos (0,5%).

De acordo com os dados, a taxa de escolarização de pessoas diagnosticadas com autismo no Rio Grande do Norte evidenciou maiores índices entre crianças e adolescentes, mas reduções acentuadas nas idades seguintes. Entre os 6 e 14 anos, os meninos apresentaram taxa de 92,02%, e as meninas, 91,62%. De 15 a 17 anos, os percentuais caíram para 73,79% e 75,12%, respectivamente. A queda foi mais drástica entre jovens de 18 a 24 anos (34,32% para homens e 27,59% para mulheres) e ainda mais entre adultos com 25 anos ou mais (6,73% e 8,3%).