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Municípios compartilham experiências para enfrentar a urgência climática

A equipe técnica da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano do Ministério das Cidades coordenou o primeiro encontro com as equipes dos municípios selecionados para a capacitação “Urgência Climática – Implementando Soluções em Territórios Urbanos Vulneráveis”. O curso promoveu ao longo dos últimos meses uma jornada de diálogo s e troca de experiências entre as cidades participantes.

Os municípios participantes foram: Abaetetuba (PA); Rio Branco (AC); Dourados (MS); Caruaru (PE); Franco da Rocha (SP); Osasco (SP); Jundiaí (SP); Betim (MG); Juiz de Fora (MG); Pelotas (RS); Rio Grande (RS) e São Lourenço do Sul (RS).

As equipes conheceram a proposta da Estratégia Nacional de Adaptação das Cidades à Mudança do Clima, transcrita na minuta do Plano Clima Adaptação – Cidades. Além disso, tiveram a chance de estabelecer diálogos sobre iniciativas e investimentos necessários para apoiar políticas de resiliência climática das cidades. A capacitação também incentivou a colaboração e visou promover uma troca de ideias fundamental para enfrentar os desafios climáticos e urbanos no Brasil.

“Pudemos ver as diferentes realidades urbanas e perceber o quanto os deveres do serviço público se aproximam”, afirmou Érica Paulino, líder da equipe de Osasco. “A troca com as outras cidades é um momento muito rico, que ora nos identificamos com as dificuldades das gestões, ora nos deparamos com ótimas ideias que podem ser absorvidas. Foi ótimo e isso nos instiga a conversar mais”, completou Anne Fonseca, que está a frente da equipe de Betim.

Na imagem pessoas reunidas discutindo eventos climáticos extremos em Betim, MG.

O time de Betim (MG) também se preparou para enfrentar eventos climáticos extremos. Crédito: Divulgação.

Durante o mês de maio, a importância da boa relação entre municípios e os entes da federação foi o assunto de destaque. D ois encontros aconteceram para que os representantes das cidades participantes conversassem entre si, com base no conteúdo apresentado e debatido nas aulas do curso. A partir de agora, eles também terão oportunidade de dialogar mais ativamente com o Ministério das Cidades, além do apoio técnico oferecido pela pasta.

A coordenadora de Apoio à Adaptação das Cidades às Mudanças Climáticas, Fernanda Capdeville, ressaltou que as justiças territorial e climática só serão alcançadas em conjunto. “Esse empenho demanda ações intersetoriais, integradas no território e com o protagonismo das pessoas. Foi emocionante ver e ouvir cada realidade e compreender a diversidade. É o que nos diferencia, mas também o que nos aproxima enquanto cidadãs e cidadãos”, explicou.

Na imagem pessoas discutem sobre clima e meio ambiente em Rio Branco, AC.

Em Rio Branco (AC), a ação em prol da resiliência das cidades segue a todo vapor: Crédito: Divulgação.

“O diálogo com outros municípios mostrou que o sucesso de uma intervenção urbana começa na capacidade de compreender a vivência cotidiana das pessoas. Essa troca de experiências foi essencial para perceber que, embora os contextos sejam diferentes, muitos desafios se repetem. É aí que nasce a possibilidade de colaboração”, destacou Aline Martins, líder da equipe de Rio Branco.

“A experiência de troca com as cidades foi muito proveitosa, permitindo que pudéssemos realizar um breve estudo sobre cada cidade e suas problemáticas”, finalizou Rosemary Machado, que comanda a equipe de Caruaru.

Equipe de Caruaru discute clima e meio ambiente na região.

Caruaru (PE) também conta com uma equipe especializada. Crédito: Divulgação.

As atividades compõem a programação do curso, ofertado pelo Ministério das Cidades em parceria com o Lincoln Institute of Land Policy e o WRI Brasil. O curso busca formar equipes técnicas municipais, multidisciplinares, para atuar no enfrentamento à mudança do clima, por meio da integração entre as políticas urbana e climática.