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Por que o medo é um sentimento tão presente no dia a dia? Psicóloga Jéssica Barbosa explica como lidar com esse sentimento 

Foto: Gláucia Lima

A sensação de medo está presente em diferentes escolhas e momentos da vida. “Será que eu fiz certo?” ou “e isso não acontecer?”. Os medos podem ser importantes para calcular bem a rota e se prevenir de possíveis imprevistos, mas eles também podem nos paralisar e trazer danos à saúde mental e intensificar a insegurança emocional. 

A psicóloga Jéssica Barbosa explica que é frequente sentir medo das coisas não acontecerem, ou medo de sentir tristeza, de passar por uma situação difícil – como o desemprego. Por outro lado, o medo é um sentimento natural desenvolvido pelo ser humano ao longo da evolução.

“Nós somos animais e evoluímos, tivemos a capacidade de transformar o ambiente ao nosso redor para que ele se adapte à gente e não o contrário”, afirma a especialista em entrevista ao Programa 90 Minutos da Rádio Seridó FM 100,7.

“Todos os animais têm o instinto de que, quando há um perigo, a primeira opção é fugir. O medo e a ansiedade, nessa questão evolutiva, foram ferramentas que fizeram com que a gente evitasse se colocar em perigo, porque assim podemos seguir uma vida mais longa”, pontua. 

A questão é que, mesmo após a evolução, o medo e a ansiedade não foram embora, pelo contrário, estão cada vez mais atuantes nos comportamentos sociais. Embora situações do passado, como fugir de um animal selvagem, não mais aconteçam, os gatilhos que intensificam o medo e a ansiedade estão agora associados a fatores comportamentais. 

“Uma coisa que acontece muito é que as pessoas se desesperam demais e, às vezes, você passa a ter uma perda nas suas expectativas. Para de sair, para de fazer um monte de coisa, fica imaginando vários cenários e sem conseguir imaginar”, destaca Jéssica Barbosa.

Mas isso não indica que as emoções são problemáticas ou que precisam ser anuladas. Parar de sentir medo e ansiedade pode trazer problemas muito sérios. “Todas as nossas emoções são necessárias e importantes, mas podem virar um veneno”, diz a psicóloga.

“A gente  não pode deixar que uma emoção ou outra controle toda nossa vida. A gente não pode pegar uma emoção e agir em todas as situações. Cada emoção é feita para nos guiar no modo de agir em situações diferentes”, completa.

Com a terapia, a especialista diz que é possível desenvolver uma psicoeducação, que é ensinar sobre as emoções, as melhores maneiras de reagir a cada situação e se identificar com o que o paciente está sentido. 

“A gente está na terapia para ensinar a agir e reagir da forma mais adequada com base na ciência, nas técnicas e exercícios. É preciso que você esteja no banco do motorista das suas emoções”.

Mais informações

Jéssica Barbosa atende na clínica Unicords semanalmente. Seus contatos são:

Instagram  psi.jessicabarbosa

WhatsApp – (84) 99966-0205