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Operação Raízes do Cedro chega a 2.500 resgatadas da zona de conflito no Líbano

Resgatar, acolher e reestabelecer vidas tem sido a missão da Operação Raízes do Cedro, criada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para repatriar brasileiros e familiares da zona de conflito no Líbano. 

O décimo segundo voo pousou no Brasil na madrugada desta quarta-feira (20/11) na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, e trouxe 204 pessoas, incluindo três crianças de colo, e quatro pets. Ao todo mais de 2.500 pessoas já foram atendidas pela Operação.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), por meio do Sistema Único de Assistência Social (Suas), tem trabalhado para oferecer ajuda às pessoas quando chegam ao Brasil. De acordo com a necessidade, elas são encaminhadas para hospedagem temporária, para acolhimento em abrigos do SUAS e, nos casos de famílias em vulnerabilidade, são avaliadas as possibilidades de inclusão nos programas sociais, como o Bolsa Família.

A Operação Raízes do Cedro é a maior missão de repatriação de brasileiros de uma zona de conflito da história do Brasil. O diretor do departamento de Proteção Social Especial do MDS, Regis Espíndola explica como é feito o trabalho de assistência social. “Nosso trabalho tem sido de uma escuta qualificada destas famílias e identificação para saber se elas precisam de algum tipo de acolhimento emergencial ou contato com familiares que estejam em outros municípios. Nossas equipes providenciam todas essas estratégias para garantir mais proteção.”, detalhou.

O MDS, além do suporte imediato com alimentação e abrigo, atua em parceria com estados e municípios para atender as necessidades de longo prazo e promover a integração social e econômica das famílias. Até o momento, os principais destinos dos repatriados do Líbano foram São Paulo, Curitiba e Foz do Iguaçu (PR).

Novos voos da Raízes do Cedro

O Itamaraty, por meio da Embaixada do Brasil em Beirute, segue em contato com brasileiros e familiares para prestar-lhes assistência consular e verificar a necessidade de promover novos voos de repatriação, a depender da demanda e das condições de segurança no terreno.

O governo brasileiro reitera o alerta para que todos sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos, que procurem deixar o território libanês por meios próprios.

O aeroporto de Beirute continua em operação, com a realização de voos diários da companhia libanesa Middle East Airlines. A empresa, após negociações com a Embaixada do Brasil em Beirute, está priorizando passageiros portadores de passaportes brasileiros em seus voos com destino a Madri, Frankfurt, Londres e Roma.