Notícias

Produção industrial potiguar volta a crescer em março, aponta FIERN

A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, na percepção dos empresários, a produção industrial potiguar voltou a subir em março de 2025, após ter registrado retração no mês anterior.

No mesmo sentido, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentou dois pontos percentuais, para 75%. Em sentido contrário, o emprego industrial registrou queda – a quarta consecutiva. Já os estoques de produtos finais caíram na comparação com fevereiro, e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria.

No 1º trimestre de 2025, os resultados da Sondagem registraram piora das condições financeiras. Os empresários potiguares mostraram insatisfação com as margens de lucro e a situação financeira de suas empresas. O acesso ao crédito foi apontado como mais difícil do que no trimestre anterior. Além disso, os empresários perceberam que os preços médios das matérias-primas continuaram elevados no período.

No 1º trimestre de 2025, na opinião dos empresários, os três principais problemas enfrentados pela indústria potiguar foram, em primeiro lugar, a elevada carga tributária e, empatados na segunda posição apareceram, competição desleal (informalidade, contrabando, dumping, etc.) e falta ou alto custo da matéria-prima.

Em abril de 2025, as expectativas dos empresários industriais potiguares são otimistas quanto à evolução da demanda, do número de empregados, das compras de matérias-primas e da quantidade exportada nos próximos seis meses. A intenção de investimento, por seu turno, voltou a cair.

Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observa-se, em algumas das variáveis analisadas, comportamento diferenciado, sugerindo que as empresas de maior porte estão em uma situação mais cômoda. As pequenas indústrias apontaram queda na produção e nos estoques de produtos finais; insatisfação com sua situação financeira; acesso ao crédito dentro da normalidade no trimestre; e preveem queda na demanda, nas compras de matérias-primas e no número de empregados nos próximos seis meses. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram aumento na produção; estabilidade nos estoques de produtos acabados; avaliaram como boa sua situação financeira; observaram maior dificuldade de acesso ao crédito no trimestre; e as perspectivas para os próximos seis meses são de crescimento da demanda, do número de empregados e das compras de matérias-primas.

Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 23/04 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram queda na produção em março de 2025 (indicador de 49,0 pontos), e o nível médio de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se manteve estável em 69% – esse foi o terceiro mês consecutivo em que o índice não registrou variação que se encontra, inclusive, abaixo da média potiguar.

EVOLUÇÃO MENSAL DA INDÚSTRIA

Os resultados da Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 1º e 10 de abril de 2025, mostram que, na visão dos empresários, a atividade industrial potiguar voltou a crescer em março de 2025, após ter registrado queda no mês anterior.

O indicador de evolução da produção cresceu 11,4 pontos em março de 2025, passando de 41,2 para 52,6 pontos, e ao ultrapassar a linha divisória de 50 pontos, mostra expansão da atividade produtiva comparativamente ao mês anterior (valores acima de 50 pontos indicam aumento). Em relação a março de 2024, o índice recuou 3,9 pontos (56,5 pontos). Em termos de porte empresarial, as pequenas empresas apontaram queda na produção (indicador de 35,0 pontos), enquanto as médias e grandes registraram crescimento (58,3 pontos).

O indicador de evolução do número de empregados declinou 0,9 ponto em março de 2025, passando de 46,9 para 46,0 pontos, mostrando queda no emprego em relação ao mês anterior. Na comparação com março de 2024, o indicador caiu 5,3 pontos (51,3 pontos). Tanto as pequenas quanto as médias e grandes empresas apontaram recuo no número de empregados, conforme indicadores de 40,0 e 47,9 pontos, respectivamente (contra 37,5 e 50,0 pontos, nessa ordem, da Sondagem de fevereiro).

Acesse o conteúdo na íntegra, clicando em Sondagem Industrial do RN: Indústrias Extrativa e de Transformação_ Março de 2025