
A Pesquisa Estatísticas do Registro Civil divulgada pelo IBGE apontou que o Rio Grande do Norte é o quinto estado do Brasil com menos casamentos, com taxa de nupcialidade de 4,7, o que significa que, para cada mil pessoas com 15 anos ou mais, aproximadamente 47 se casaram formalmente ao longo do ano.
“Esse cálculo utilizou como denominador a população de 15 anos ou mais de idade, conforme as Projeções da População por Sexo e Idade – Revisão 2024 do IBGE, que fornecem estimativas atualizadas e compatíveis com os dados do Censo Demográfico mais recente. A taxa de nupcialidade é um indicador demográfico que expressa a frequência com que ocorrem casamentos formais em uma determinada população. Essa taxa permite avaliar a dinâmica dos comportamentos conjugais, bem como mudanças nos padrões sociais e culturais relacionados ao matrimônio”, explicou o IBGE.
Os dados do Registro Civil para 2023, no Rio Grande do Norte, observaram que o maior número de casamentos ocorreu entre indivíduos com idades entre 25 e 29 anos, tanto para o primeiro (2.378) quanto para o segundo cônjuge (2.385). As faixas etárias de 20 a 24 e 30 a 34 anos também concentraram grande número de uniões. À medida que a idade aumentou, o número de casamentos reduziu progressivamente.
A pesquisa apresentou ainda os dados para o total de casamentos e os casamentos entre cônjuges de sexos opostos (masculino e feminino), segundo o local do registro, no ano de 2023, comparando-os com o ano anterior. Em nível nacional, para todos os casamentos, observou-se uma redução de 3,1% no total de casamentos registrados, passando de 970.041 em 2022 para 940.799 em 2023. No Nordeste, a queda foi menos acentuada, com variação negativa de 1,7%. O Rio Grande do Norte seguiu a tendência nacional, com diminuição de 3,2%, totalizando 12.835 casamentos em 2023.
Dentre os municípios analisados, São Gonçalo do Amarante apresentou a maior redução percentual (-28,0%), seguido por Parnamirim (-3,3%), Natal (-3,3%) e Mossoró (-2,3%). “A queda nos casamentos entre cônjuges de sexos opostos seguiu a mesma tendência e pode estar associada a fatores sociais e econômicos, como o adiamento de uniões formais, mudanças nos padrões de relacionamento e instabilidades econômicas que impactam decisões conjugais”, pontuou.
A análise evidenciou os casamentos entre cônjuges do mesmo sexo, seja para uniões entre homens, seja entre mulheres. No Brasil, houve uma ligeira queda de 5,1% nos casamentos entre homens (de 4.390 para 4.175), enquanto os casamentos entre mulheres cresceram 5,6% (de 6.632 para 7.023), indicando um aumento na formalização das uniões homoafetivas femininas. No Nordeste, verificou-se crescimento em ambos os grupos: 4,4% para casamentos masculinos e 5,8% para os femininos. No Rio Grande do Norte, os casamentos entre homens aumentaram 21,5% e os entre mulheres, 14,7%. Destacaram-se os municípios de Mossoró, com elevação nos casamentos entre homens (86,7%) e entre mulheres (72,7%), e Parnamirim, com aumentos de 16,7% e 22,2%, respectivamente. “Esses dados sugeriram uma ampliação do acesso a direitos civis por parte da população LGBTQIA+”, encerrou.
Onde mais se casa
Rondônia: 9,1
Acre: 8,5
Distrito Federal: 7,9
Mato Grosso: 7,0
Espírito Santo: 6,9
Mato Grosso do Sul: 6,8
São Paulo: 6,3
Tocantins: 6,1
Paraná: 6,0
Minas Gerais: 5,9
Alagoas: 5,7
Goiás: 5,6
Santa Catarina: 5,6
Brasil: 5,6
Roraima: 5,5
Pernambuco: 5,3
Rio de Janeiro: 5,1
Pará: 5,0
Paraíba: 4,9
Bahia: 4,8
Amapá: 4,8
Ceará: 4,8
Amazonas: 4,7
Rio Grande do Norte: 4,7
Maranhão: 4,6
Rio Grande do Sul: 3,9
Sergipe: 3,8
Piauí: 3,7